Pesquisar este blog

Páginas

sexta-feira, 11 de maio de 2012


TECHNO

O Techno surgiu quase simultâneamente à house de Chicago, numa cidade vizinha, Detroit, quase como uma resposta, embora algumas de suas influências sejam anteriores. Pois foram grupos como Kraftwerk, Parliament/Funkadelic e Afrika Bambaataa que ajudaram a criar as bases da sonoridade eletrônica que o caracteriza. Diferentemente da house, o techno privilegia os sons mais do que a melodia e não depende de vocais. E, quando usam vozes, essas vêm de samples, não de cantoras/divas.
Na época, primeira metade dos anos 80, Detroit era uma cidade desolada e repleta de desempregados por causa da decadência da indústria automobilística (que a levou a ser conhecida como “Motor city’). Então, só restou aos proletários locais (basicamente negros) fazer música para se distrair. E foi o que fizeram os pioneiros do techno Stacey Pullen, Juan Atkins, Derrick May e Kevin Saunderson.

O mood techno surgiu no som de grupos como Model 500, que utilizavam o som eletrônico gerado com instrumentos como o Roland TB-808. Mas quem usou o termo pela primeira vez foi Derrick May, que dizia ter se inspirado na música tecnológica do Kraftwerk. Por isso, o nome deriva da palavra technology, pois os pioneiros experimentavam ao máximo com as novas tecnologias. "É como se botassem George Clinton e o Kraftwerk trancados num elevador apenas com um seqüenciador", definiu Derrick May certa vez. É dele, aliás, a música-marco do techno, It is what it is. Outra boa definição para o techno vem de Jeff Mills: "Techno music é na verdade algo que você não pode imaginar. Se você ouvir algo que nunca esperaria ouvir, isso é techno".

Por isso, o som do techno é bem mais minimalista, dark e abstrato, diferente do calor da house music. O techno de Detroit também ganhou impulso na Inglaterra em 1988 junto com a acid house, e acabou adquirindo tons um pouco mais fortes, transformando-se em novos gêneros musicais, como o acid techno (que incorpora o som acid da TB-303), o tech-house (misturado com house), o hardtechno (mais forte), e o minimal, entre muitos outros.

O techno é mais pesado e reto do que a house, com batidas mais furiosas (vai de 126 a 130 BPMs) e menos suaves, contendo beats mecânicos e usando sons que vão desde sirenes, blips maquinais a samples de diálogos de TV ou filmes. A versão pop do techno foi criada por Kevin Saunderson, que fez muito sucesso (inclusive no Brasil) com o projeto Inner City.

Com a popularização do techno, o termo foi mal interpretado por DJs de rádios e festas comerciais que o usam para definir qualquer tipo de dance music atual de base eletrônica. Embora o termo techno seja usado genericamente para descrever todo o tipo de música eletrônica, está errado fazer essa associação, já que a música eletrônica atual não se resume só ao techno. Copiou?!

PRINCIPAIS VARIANTES DO TECHNO

HARDCORE TECHNO - É um techno um pouco mais forte e rápido, que combina elementos mais agressivos ao som. É, digamos, o equivalente ao "heavy metal" ou punk rock do techno. Este estilo atraiu um novo tipo de pessoa às festas: o público industrial e metal. Também é a base sobre a qual desenvolveram outros gêneros, como o jungle (que deu no drum and bass) e, mais concretamente, o gabba (que surgiu na Holanda), e depois ao happy hardcore (mais rápido!).

BIG BEAT - É a fusão de breakbeats com techno com um lado rock. Conta-se que tudo começou no Albany Club de Londres quando dois ex-roqueiros (Tom e Ed Chemical, os Chemical Brothers, na época ainda Dust Brothers) tentavam ser DJs e conheceram um outro ex-roqueiro, Norman Cook (depois Fatboy Slim). Criaram nessas noites uma batida quebrada (breakbeat) mas com o mesmo"tempo", excitação e o lado ‘acid’ da house. Foi muito popular nos anos 90.

MINIMAL - Uma volta ao techno original que vem sendo divulgado principalmente pelo DJ anglo-canadense Richie Hawtin (aka Plastikman) e pelo chileno radicado na Alemanha Ricardo Villa-Lobos. A idéia é tirar todas as camadas de sons e voltar ao básico. Mas sem deixar de fazer dançar.
BREAKBEAT - É uma batida quebrada, diferente da house, da disco, do techno e do trance (que são 4x4). O breakbeat costuma usar samples vindo do hip-hop e do reggae criando uma nova batida. A cultura breakbeat é longa e variada e tem suas raízes no techno do início dos anos 80 e no hip-hop. O jungle, posteriormente chamado drum and bass, também deriva daí.

JUNGLE - É uma música cuja base rítmica são samplers de hip-hop e de reggae, acelerados e manipulados, que servem para construir um ambiente no qual predomina a utilização de instrumentos de percussão sobre uma base geralmente feita com simuladores de baixo e bateria (sem estes equipamentos eletrônicos ele não existiria). O jungle também incorpora elementos da cultura reggae e, muitas vezes, tem letras estilo hip-hop ou ragga. Surgiu nos guetos negros londrinos em 1989 como uma resposta ao hip-hop americano.

DRUM AND BASS - É uma progressão natural do jungle que surgiu com cadências mais darks para inspirar outros estilos, como o darkstep (escuro, meio industrial), o techstep (muito sintético), o jazzstep (melódico, jazzy), o jump-up (muito agitada, simples e, ao mesmo tempo, forte) e outros. Surgiu nos subúrbios de Londres em 1991, tendo sido reconhecido pelo mainstream somente em 1995 com o lançamento do disco Timeless, de Goldie. O brasileiro Soulslinger foi o principal divulgador do gênero nos Estados Unidos (NY) nos anos 90. E precisa falar de outro brasileiro?! Sim: o DJ Mark, Nº 1 do mundo no estilo!


te joga!
Cadastre-se aqui que você só tem a ganhar: promoções, convites e loucurinhas...
Nome:
E-mail:


 
Busca

 

domingo, 4 de março de 2012

http://www.4shared.com/file/125180867/ee826770/EURO_DISCO_COLLECTION_VOL__04.html